18.11.08

êh boi

um tambor. sinto e ouço forte cada batimento cardiaco feito bumbo ecoando alto no espaço. o peito pegando fogo e derretendo a pele.

as bacantes destroçam o humano-boi.

êh boi, êh boi, êh boi, êh boi
ele não sabe que o seu dia é hoje
ele não sabe que o seu dia é hoje


o dundun das bacantes ressoou no coração, que ficou forte e alto, insuportável, reverberando no cérebro. não consigo ouvir mais nada.

é noite e chove. saio e sento embaixo d'água e choro, escorro um rio, viro pororoca. Êh boi, êh boi. não consigo pensar. uma piscina. tiro a roupa e entro n'água pra esfriar o corpo, mas o bumbo continua. até agora.

Um comentário:

Raphael Lima disse...
Este comentário foi removido pelo autor.