30.4.09

# das cartas que não serão enviadas

se você cortasse minha barriga agora, sairiam um sem número de passarinhos levando cartas de amor pra quem quisesse ler. porque o amor tem que ser assim, grande e livre e pra todo mundo. aí eu vestiria a sua pele, esta que me cai tão bem, e dançaria o carnaval até me acabar em poça d'água, e então viraria vapor, pra virar nuvem, pra virar chuva. então na tempestade eu pegaria na sua mão pra voar e caçar redemoinhos, desses que ressoam no corpo como esta vertigem que nasceu no estômago depois que eu te vi.

mas pra isso, meu amor, pegue ali a faca e me fure.